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Há livro que já nasce com tanta personalidade que nem carece de prefácio, "Grávida", por exemplo, é um desses escritos em que o prefaciador tem pouco a acrescentar. O que eu, animal não agraciado por Deus com o divino dom da maternidade, poderia falar sobre a fantástica saga do ser humano desde a fecundação ao primeiro contato com a luz solar? Penso que muito pouco.
Mas é sempre um prazer à parte ler e comentar a produção dessa mulher chamada, não por acaso, Heliana Barriga. Alguém eternamente àvida e grávida por novas experiências, novas formas de ser e dizer. É bem verdade que como cordelista não é maruja de primeira água, sendo a meu ver a melhor que temos em terras paraoaras. Desde "Um amor de São João", década de oitenta, às impúdicas peripécias publicadas no jornal PQP do Comendador Mário Sobral, como a história da mulher que "Deu pro Diabo e acabou fumaçando". Mas aqui a história é outra, aqui, além de brincar com a forma, transitando à vontade entre a sextilha, a quadra e sete pés, utiliza sua sensibilidade e propriedade de poeta, mãe e mulher para nos brincar com a comovente e mágica visão da formação e transformação, passo a passo, verso a verso, da espécie humana entre as santas e aconchegantes paredes do útero materno. O mais é viajar de cabo a rabo nessa história cheia de rimas, encantos e maravilhas. Da primeira célula ao corte do cordão umbilical. E não esquecer, após ler o último verso, de agradecer à Heliana das Emoções Barriga por mais esse parto humanamente belo e divinamente lírico.
Antônio Juraci Siqueira em prefácio ao livro Grávida
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